sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Chevrolet Corsa: Um dos Carros Populares Mais Vendidos do Brasil

Corsa é um modelo de carro da Chevrolet do Brasil. Também é produzido sob as marcas Vauxhall (na Grã-Bretanha) e Opel (na Alemanha e na Espanha).
chevrolet corsa - imagem
Originalmente da fabricante Opel (subsidiária da General Motors), o Corsa foi um projeto surgido no final da década de 1970 em resposta ao crescente mercado conquistado por carros pequenos na Europa devido ao aumento do preço do combustível e problemas de congestionamento e tráfego.

A Volkswagen e a Ford já tinham seus modelos de carros pequenos (Polo e Fiesta, respectivamente), e o Corsa foi o modelo escolhido pela General Motors.
A Opel construiu uma nova fábrica em Zaragoza, Espanha, para a construção desse seu novo modelo, batizando-o com a tradução para o italiano da palavra “corrida”: corsa.
Ele possui a mesma estrutura básica de seus concorrentes: carroceria estilo hatchback de três e cinco portas, tração dianteira e motor transversal.
Sua primeira versão foi lançada em 1983, e lembrava seu modelo inspirador, o Kadett D, porém menor e com motores econômicos variando de 1,0 L a 1,5 L.
Em 1993, estreou na Alemanha a 2a geração do modelo.
Em 2000, entrou em produção na Alemanha a 3a geração do carro.
Em 2006, foi apresentada a 4ª geração do Corsa.
O Chevrolet Corsa foi lançado no país em 1994, com as formas da 2a. geração do Opel Corsa alemão. O modelo veio para cá com a importante missão de substituir o Chevrolet Chevette, o que conseguiu com muito mais sucesso do que o esperado, pois no segundo ano de sua produção já era líder de mercado em seu segmento. Na época, foi uma inovação no segmento dos carros pequenos, pois trouxe um projeto moderno, com linhas arredondadas e acréscimos em termos de segurança e mecânica: na versão Wind 1.0 foi o primeiro carro popular com injeção eletrônica de combustível.
No início, o carro contava com as versões Corsa Wind 1.0, Corsa Wind Super 1.0, Corsa GL 1.4 e Corsa GSi 1.6 (16 válvulas).
Com o tempo, a versão GL ganhou o acréscimo do motor 1.6 (8 válvulas), aposentando o propulsor 1.4 e surgiu mais uma opção de carroceria, com 5 portas. A versão GSi foi descontinuada, em função das poucas vendas (e do alto custo de produção) e a versão Wind Super foi renomeada para Corsa Super.
Em seguida, a 1a. geração do Corsa nacional originou o Corsa Pickup, com motorização 1.6. Posteriormente, o Corsa originou a linha Corsa Sedan, para a linha 1996, e a Corsa Wagon (modelo Station Wagon), em 1997, que ofereciam os motores 1.0 (a partir de 1998) e 1,6.
Enquanto em 2000 para 2001 a 3a. geração do Opel Corsa alemão entrava em produção na Europa, o Corsa brasileiro seguia em produção no Brasil, sem qualquer renovação no estilo, em todas as suas versões.
Em 2002, o carro recebeu sua primeira grande remodelação, acompanhando o estilo ditado pela versão alemã, porém, com retoques no capô, traçados pelos engenheiros da Chevrolet brasileira, com carroceria única de 5 portas no modelo hatch. Uma das novidades era o teto solar e os três cintos traseiros de três pontos - o primeiro já está “aposentado”. Outra novidade logo aposentada por insucesso foi o sistema autoclutch, com câmbio manual que dispensava o pedal da embreagem, disponível somente para as versões 2002 com motor de 1.0 litro.
Como antes, o carro contava com motor 1.0, tendo sido acrescentada a opção de propulsor de 1.8 litro, substituindo o anterior 1.6. Novamente, o Corsa dá origem a uma família de modelos, que inclui um monovolume, a Meriva, o sedan de 4 portas e uma picape com nome próprio, a Montana. Desses modelos, somente o acompanhou o hatch em todas as motorizações. A Meriva e a Montana são oferecidas com motorização 1.8. A geração anterior do Corsa foi renomeada para Chevrolet Classic e continua sendo produzida com carroceria sedan e motorização 1.0.
Com 4 anos de mercado, em 2006, a 2a geração do Corsa brasileiro já mostra sinais de cansaço, contudo, no final de 2008, como linha 2009, a Chevrolet brasileira pretende seguir os passos da Opel, que lançou a 4a. geração do Corsa na Europa, mas utilizando a plataforma da geração atual.
A linha Corsa 2008 traz a inovação da motorização 1.4 e 1.8, bicombustível Flexpower. Essa novidade afeta a linha Corsa, Corsa Sedan e picape Montana. Há boatos que em 2008 saia de linha o motor 1.0 para não concorrer com a nova linha de compactos que irá chegar em 2009.
Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1995 e de 1996.
  • Mesmo havendo um Corsa Sedan de 2a geração, o Corsa sedan de 1a geração permanece em linha até os dias atuais, renomeado como Corsa Classic ou apenas Classic. É o 2o modelo mais vendido da Chevrolet no Brasil, perdendo apenas para o Chevrolet Celta.
  • O Chevrolet Corsa brasileiro de 1a geração cedeu a plataforma e mecânica para a elaboração de um novo modelo, fora da família Corsa, o Chevrolet Celta, que começou a ser fabricado em 2000 e permanece sendo fabricado até os dias atuais, tendo sofrido uma plástica em meados de 2006, mas mantendo o mesmo conjunto mecânico do Corsa brasileiro de 1a geração. É o carro mais vendido da Chevrolet brasileira e foi inteiramente projetado e concebido no Brasil.
  • A versão 1.0 flex (77cv. gasolina e 79cv. álcool), que foi lançada em 2005 já como modelo 2006 possui o motor de produção 1.0 aspirado mais potente do mundo atuamente.
Numa época em que os carros equipados com motores de 1 litro eram versões absolutamente despojadas dos modelos “normais” – sem tampa de porta-luvas, com partes metálicas internas aparentes (caso do Uno), sem difusores de ar internos laterais (Uno e Gol 1000) e vidros mais finos (Chevette Junior), o Chevrolet Corsa chegou para surpreender. Lançado em 1994, o Corsa Wind contava com motorização 1-litro, potência de 50 cv e injeção monoponto. Trazia um ótimo acabamento interno, com portas forradas de tecido, plásticos de boa qualidade, todos os difusores de ar em seus lugares, espelho retrovisor do lado direito, entre outros itens. Sem falar do design então bastante moderno, já que na Europa o Corsa era um modelo recente, lançado apenas um ano antes. Bons tempos aqueles…
O lançamento desse carro fez com que a própria concorrência reagisse com produtos de melhor qualidade, que passaram a ser apresentados já no ano seguinte (Gol 1.000i AB9 – o “Bolinha” –, Fiat Palio e outros). Poucos meses depois do 1.0, seria a vez do Corsa GL 1.4, de 60 cv e com vários itens de série, como desembaçador, limpador e lavador do vidro traseiro, conta-giros, banco traseiro bipartido com encostos de cabeça etc.
Para 1995 chega a versão GL 1.4 de quatro portas; em 1996 vem a picape, primeiramente com motor 1,6-litro monoponto, de 72 cv, e o Sedan (nas versões GL e GLS), ambos exclusivos para o Brasil. Nessa altura é apresentado um novo motor 1.6 8V com injeção multiponto; e o antigo 1.6, que durou pouco, deixa de ser produzido. Por sua vez o 1-litro também ganha injeção multiponto e sua potência sobe para 60 cv. E uma versão mais luxuosa do 1.0 é lançada, denominada Super, com carroceria hatch de duas e quatro portas.
O investimento na linha não pára e é apresentada a interessante versão GSi, equipada com motor de 1,6 litro 16V (4 válvulas por cilindro) com potência de 109 cv e kit aerodinâmico (ambos importados da Alemanha), além de rodas de liga-leve de aro 14, direção hidráulica, ar-condicionado etc. Teto solar e sistema de freios ABS eram oferecidos como opcionais. Em 1997 a GM lança o motor 1.6 16V nacionalizado, agora com potência de 102 cv para equipar o Sedan e a recém-lançada perua Corsa Wagon. O GSi sai de linha em 1997.
Para 1998 o Wind passa a ser oferecido com quatro portas e sedan. É criada a série especial Champ, em homenagem à Copa do Mundo. Para 1999 é apresentado o motor 1.0 16V de 68 cv, disponível para o hatch Super, Sedan e Wagon. O hatch é disponibilizado também na versão GLS.
No ano 2000 o carro passa pela primeira “cirurgia plástica” desde seu lançamento. Novos pára-choques, capô do motor, grade e lanternas traseiras, além de forrações e desenho do painel de instrumentos, fazem parte do pacote de mudanças. Em 2001 é lançada a versão Super, com motor de 1,6 litro; a série especial Millenium (1.0 8V) e o Wind com motor 1.6 8V. Em 2002 as versões GLS 1.6 16V da Wagon e do Sedan saem de linha.
A chegada da nova linha Corsa, em 2003, substitui quase todos os modelos – à exceção do Sedan, que sobrevive até hoje com o nome de Classic. Primeiramente esta versão era equipada com motor 1-litro de 60 cv, passando em seguida a contar com o 1.0 VHC, de 70 cv – além do 1,6-litro de 92 cv. Atualmente são dois os motores, ambos flexíveis em combustível (pode ser abastecitos com álcool, gasolina ou qualquer mistura dos dois): 1 litro VHC de 77/79 cv (gasolina e álcool, na ordem) e 1,8-litro de 112/113 cv.

Cuidados na compra

O Corsa não apresenta grandes defeitos crônicos, mas como todo veículo usado, exige vários cuidados na hora da compra. Os ruídos internos são uma constante, vindos das portas, painel e tampa traseira. A solução é calçar tudo com espuma adesiva, para minimizar o problema. A suspensão dianteira e a direção do Corsa também merecem bastante atenção. Geradoras de barulhos, as bandejas devem ter as buchas verificadas, assim como a caixa de direção. Nos modelos com direção hidráulica, com o tempo vai se tornando cada vez mais difícil esterçar o veículo, devido ao desgaste da caixa e à própria geometria da coluna de direção.
O descoloramento de algumas peças plásticas internas e dos pára-choques sem pintura é mais uma ocorrência comum nos Corsa. Nas unidades mais antigas, as canaletas dos vidros apresentavam desgaste acentuado, fazendo com que os vidros saíssem dos trilhos. No GSi, as peças do kit aerodinâmico já são difíceis de achar e as tampas inferiores, que vão nas saias laterais, caem com facilidade. Quando encontradas, são caras, assim como as demais partes do kit.
Algumas unidades apresentaram problemas de rompimento do suporte do cinto de segurança em acidentes, fruto de um defeito no trilho do banco. Verifique se no modelo que está sendo adquirido não há marcas de rachaduras na ancoragem desse suporte ao trilho do banco, o que pode provocar sérias conseqüências em caso de batidas. A GM realizou recall para substituir essa peça. Verifique no manual do proprietário se no modelo em questão há comprovante da participação no programa.
Mecanicamente, verifique se há ruídos ou vazamentos na bomba d`água, vazamentos de água pelos selos do motor – principalmente nas versões 1.6 – e ruídos no esticador da correia dentada. Aliás, a correia deve ser o primeiro item a ser verificado, para evitar surpresas. Por via das dúvidas, é melhor trocá-la. A válvula EGR é sensível à gasolina nacional, principalmente as de qualidade duvidosa. O sensor de temperatura, em carros mais rodados, também pode apresentar defeitos. Verifique ainda se o engate das marchas não está difícil, o que indica problemas no trambulador ou mesmo nos coxins de motor e câmbio. E nos modelos com ABS, a luz costuma acender sem que o sistema esteja com problemas. Boa sorte!

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